sábado, 22 de março de 2008
SIGNIFICADO DOS SENTIMENTOS
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança
para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização,
seu pensamento reapresenta um capítulo.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não
aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer
mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho
no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer
de um filme que pode ser que nem exista.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não… Amor é um exagero… também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero,
um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação,
Esse negócio de amor, não sei explicar.
(Mario Prata)
segunda-feira, 10 de março de 2008
POR FAVOR, NÃO ME ANALISE
Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.
Mário Quintana
MULHER ABSTRATA
Sou quem sou, simplesmente mulher, não fujo, nem nego,
Corro risco, atropelo perigo, avanço sinal, ignoro avisos.
Procuro viver, sem medo, sem dor, com calor, aconchego,
Supro carências, rego desejos, desabrocho em risos...
Matéria cobiçada... na tez macia, no calor ardente.
Alma pura, envolta em completa fissura. Sem frescuras!
Encontro prazer na forma completa, repleta, latente.
Meretriz sem pudor,mulher no ponto, uva madura!
Sou quadro abstrato, me entrego no ato à paixão que aflora.
Sou enigma permanente, sem ponto final, sem continências,
Sou mulher tão somente, vivendo o momento, sorvendo as horas.
Sou pétala recolhida, sem forma, sem cor, completa em essência.
Exalo a esperança, transpiro vontades. Não me tenhas senhora.
Sou mulher insolúvel, nada volúvel. Vivo a vida em reticências...
Ângela Bretas
QUERO APENAS CINCO COISAS...
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