segunda-feira, 18 de julho de 2011

A ROSA



Tu és, divina e graciosa estátua
majestosa do amor, por Deus
esculturada e formada com o ardor,
da alma da mais linda flor, de mais
ativo olor e que na vida é a preferida
pelo beija-flor.

Se Deus lhe fora tão clemente aqui
neste oriente de luz formada numa
tela deslumbrante e bela,
teu coração, junto ao meu lanceado
pregado e crucificado sobre a rosa
cruz do arfante peito teu

Tu és a forma ideal, estátua magistral
oh alma perenal, do meu primeiro amor,
sublime amor.

Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação de todo o coração
cintilas um amor o riso, a fé, a dor em sândalos
olentes cheios de sabor em vozes tão
dolentes quanto um sonho em flor
És láctea estrela, és mãe da realeza
és tudo enfim que tem de belo,
todo o resplendor da santa natureza
Perdão se ouso confessar-te, eu hei
de sempre amar-te Oh flor!
Meu peito não resiste,
Ah, meu Deus o quanto é triste,
a incerteza de um amor que mais me faz penar
em esperar em conduzir-te um dia aos pés do altar
Jurar, aos pés do onipotente
em versos comoventes de luz,
e receber a unção da tua gratidão,
depois de remir, teus desejos
em nuvens de beijos hei de envolver-te
até o meu padecer, de todo fenecer

Pixinguinha